terça-feira, 27 de agosto de 2013

VIAJAR


VIAJAR

Viajar... Sair.. Conhecer outros lugares, outras pessoas, outros olhares, outras paisagens.
Viajar... Sair em busca do desconhecido, pesquisar, colher informações.
Arrumar as malas, percorrer caminhos antes não trilhados, observar, reter imagens, desenvolver seu senso crítico na observação, ver o quanto o homem destruiu o que Deus lhe deixou para se estabelecer.
Assim somos nós, viajantes em busca do aprimoramento.
Muitos passam as viagens sem sequer notar a beleza de uma árvore no caminho, um rio, uma nova ponte.
Viajamos por muitos lugares sem sequer anotarmos um nome, um endereço, um prato saboroso num restaurante.
Pousamos os olhos, mas a direção do olhar ali no objeto, no detalhe, não se detém. Simplesmente olhamos.
Viajar não significa somente sair ao ar livre, deixar o lar, arrumar a mala com as melhores roupas, os mais bonitos acessórios.
Viajar significa também levar na sua bagagem o que você tem de bom; levar seu sorriso, seu abraço fraterno, estender as mãos e cumprimentar, dizer palavras ternas, elogiar.
Viajar significa também deixar lembranças, deixar seu marco positivo para aqueles que ficaram para trás, - quando você retorna ao ponto de sua partida - , para também lembrarem de você e do que você deixou plantado em seus corações.
Viajar e chegar ao lugar desejado, para plantar naqueles que você encontra, a semente do amor, da solidariedade, da compreensão.
Registre sua viagem não só com belas fotos, com sorrisos, mas plante na sua alma aquilo de bom e de belo que viu, que sentiu.
Assim fazendo, todas as viagens valerão a pena, mesmo que pequenas coisas inesperadas se interponham em seu caminho.
O importante, ao retornar, será você ter o sentimento de que tudo o que viu, o que observou, será mais um item para o seu aperfeiçoamento, para o seu aprendizado.
Viajar é colher sabedoria; é absorver tudo de bom que a vida tem para lhe dar.
Pense nisso.

MAURA SOARES
Aos 25 de agosto de 2013, 06.00h, manhã  

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O FILHO. A MÃE.


O FILHO. A MÃE.

Não importa como nasce um filho, se num casebre ou numa mansão; se num berço de luxo cercado de enfermeiros ou sozinho com aquela que o gerou.
Um filho é um filho – a continuação de tua espécie, que geraste em teu ventre por nove meses; é aquele em quem depositaste teus sonhos, tuas esperanças em um mundo melhor.
Um filho é uma bênção de Deus; é o desejo que se torna realidade para muitas mulheres.
O ser gerado no amor ou na dor, não importa; será aquele que irá seguir seu caminho na evolução da espécie.
Um filho, de acordo com o gens, poderá ser bom ou mau; poderá reconhecer o sacrifício daquela que o gerou, ou não.
Toda mãe deve orientar seu filho nos primeiros sete anos, ou no primeiro setênio,, como tão bem disse Rudolf Steiner(*).
Todas as virtudes, todos os caminhos para o bem devem ser incutidos na mente e no comportamento do filho, seguindo até completar os sete anos.
Se demonstrares irregularidades em tua vida e achares teus comportamentos verdadeiros, teu filho irá seguir, pois assim tem o exemplo.
Desde cedo oriente teu filho para o bem, para a amizade, para o carinho, para a compreensão, para o amor ao trabalho.
Mães displicentes geram filhos desgarrados.
Por mais humilde que seja o lar, ele deve ser asseado, cada coisa em seu lugar.
A desordem gera a desordem.
Assim é tudo em nossa vida e deve começar pelo lar, com compreensão, com fé num mundo melhor, com carinho.
Dá, mãe, tudo de ti para orientar teu filho, dá coragem para ele enfrentar o mundo – “embora venham ventos contrários” -;  dá a ele a força, a energia, a vontade de vencer, não sobrepujando outros, mas vencer pelo trabalho, pela honestidade, pela competência.
Tendo tudo isso, teu filho poderá sair de casa, deixar tua proteção diária e ir em busca do seu destino. Dirás para ele: “Vá, filho, és o Senhor de tua própria história. Siga teu caminho e não te abate ante os problemas. Vence. Sei que serás capaz”.
Poderás, mãe, ter certeza que ele sozinho saberá vencer todas as adversidades e se tornar um homem capaz de também orientar seu filho quando ele vier para continuar no caminho da evolução.
Lembra, mãe, que tudo, tudo mesmo, tudo o que acontecerá ou que deverá acontecer ao teu filho no futuro, deverá ter passado pelo Amor, pois se não houver Amor, nada valerá a pena. Mesmo que teu filho fique coberto de ouro a sua alma será vazia, pois faltará o único elemento deixado pelo Mestre Jesus: o AMOR – aquele que move todas as montanhas das adversidades.
E que assim seja, porque assim será.
Profª. Maura Soares
(Por inspiração, dia 14 de agosto de 2013, às 05.28h, manhã)   

(*) Rudolf Steiner, nasceu em Kraljevec, na fronteira austro-húngara, em 27 de Fevereiro de 1861, e faleceu em Dornach, Suíça, em 30 de Março de 1925). Foi filósofo, educador, artista e esoterista. Foi fundador da Antroposofia, da Pedagogia Waldorf, da agricultura biodinâmica, da medicina antroposófica e da Euritimia, esta última criada em conjunto com a colaboração de sua esposa, Marie Steiner-von Sivers.
Seus interesses eram variados: além do ocultismo, se interessou por agricultura, arquitetura, arte, drama, literatura, matemática, medicina,filosofia, ciência  e religião.
Sua tese de doutorado na Universidade de Rostock foi sobre a teoria do conhecimento de Fichte.
Após terminar os estudos dedicou-se a partir de 1883 a editar as obras científicas de Johann Wolfgang von Goethe. Tornou-se profundo conhecedor da obra de Goethe, escrevendo inúmeras obras sobre este, dedicando-se à explicação do pensamento do autor alemão. Ao mesmo tempo escrevia sobre assuntos filosóficos.
Após um período de vivência em Berlim, Alemanha, no qual sobreviveu como escritor de uma revista literária, Steiner ininterruptamente aderiu a uma trajetória de conferencista e escritor, desenvolvendo a Ciência Espiritual Antroposófica, ou Antroposofia. Entre 1902 e 1912, ele foi o líder da Sociedade Teosófica na Alemanha, mas rompeu com esta e fundou a Sociedade Antroposófica. O motivo do rompimento de Steiner com a Sociedade Teosófica foi que eles não davam a Jesus Cristo e o Cristianismo um lugar especial, mas ele também incorporou conceitos do Hinduísmo, como karma e reencarnação.
Em Dornach construíram a sede da Sociedade Antroposófica, denominada Goetheanum onde está atualmente a Escola Superior Livre de Ciência Espiritual. O primeiro Goetheanum foi destruído por um incêndio em 1922. Foi reconstruído e tem participação importante na obra de Steiner como um grande centro de contribuições para os campos do Conhecimento Humano. Steiner, entre outras obras, dedicou-se principalmente aos campos da Organização Social, Agricultura, Arquitetura, Medicina, e Pedagogia; também Farmacologia e no tratamento de crianças com a Síndrome de Down, dentro da Pedagogia Curativa.
Oferecendo alternativas além das condições materiais de soluções de todos os problemas dos quais tratou, Steiner obteve reconhecimento mundial. Em todos os continentes surgiram centros de atividades antroposóficas como desdobramentos práticos da Ciência Espiritual por ele desenvolvida.

Fonte:Wikipédia